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Bitcoin: a história, os usos e a política por trás da moeda forte digital  e os problemas futuros 

Retirado de missivas de  Jucelino Luz    - 16  de dezembro de 2006

 

 

Antes  de começarmos  a falar do Biticoin,  falaremos  de algo triste que foi previsto em carta de  11 de dezembro de 2017,  enviado  as autoridades Russas, para tentar evitar um acidente de avião  que poderá cair nesse  dia 12 de fevereiro de 2018  - lembrando  que agora  são  6:00 horas  da tarde  de  10 de fevereiro de 2018 – quando  iniciamos  essa gravação . Tomara que nada de mal aconteça  com ninguém .

Em  fevereiro de 2006 , comecei um estudo secreto sobre  uma moeda nova,, e fui apresentado a um grupo de ativistas políticos e especialistas  em Computação captando ideias sobre o que eu tinha em mente e percebi  que aperfeiçoei  meus  trabalhos  para transformar a maneira como entendemos e usamos o dinheiro, visando uma reestruturação do próprio sistema financeiro e a criação de uma nova organização econômica. Formado por jovens que querem uma transformação econômica mundial, observei em minhas pesquisas  ao centro bancário, e se tem  vários pontos  de encontro informal da comunidade interessada em minhas ideias do  bitcoins e em criptomoedas no mundo. Pesquisei  sobre os esforços daqueles que estão criando o ecossistema da primeira moeda digital, descentralizada, anônima e instantânea do mundo –  e vi em minhas ideias  o Bitcoin (BTC) – e como o conceito lançado por  esse processo  pode libertar o dinheiro e dar mais poder às pessoas para gerenciar suas finanças.

Nas visões que eu tive ainda era  insólito ser apresentado a uma utopia com tamanho potencial transformador para a economia em um ambiente como aquele –Observei nas visões , um edifício comercial gigantesco e quase deserto, ainda com luzes e água funcionando, paredes inteiramente grafitadas e alguns gatos pingados espalhados pelas salas. “Bitcoin é um sistema econômico alternativo que usa moedas digitais e que se auto-regula com base em um sistema de mineração informatizado, criptografia de chave pública e um arquivo que registra todas as transações feitas. É uma solução para o futuro do dinheiro digital”, se fosse regularizado, conforme minha ideia inicial, , conversei  com pessoas  e  programadores  que se envolveu com o sistema e acharam interessante .. Parecia  uma mensagem  quase improvável  para a mais recente novidade econômica na  data de 2006 . Mas as aparências enganam – eu aprimorei minhas ideias, após ouvi-los  naquela possibilidade,   partes do código, comecei a falar sobre esse assunto, e  dos  câmbios e uma consultoria sobre o tema e é o organizador de uma conferência que  espero propor  no Japão  em 2007.

Apesar de ainda viver meus  primeiros dias dessa experiência  e contar com um caráter experimental, a moeda poderá  crescer   e possivelmente  apresenta uma série de vantagens teóricas em relação ao sistema bancário tradicional – transferências de pessoa a pessoa sem o intermédio de bancos ou regulação central, taxas menores, abertura fácil de contas e poucos pré-requisitos para começar (  mas fiquei  com receio do  problema  de invasão, roubos eletrônicos , hackers , algo sem  credenciamento governamental , poderá ser um perigo para os clientes mundiais ) . Reunindo um grupo de interessados na moeda, o ambiente estava elétrico naquela data , movido principalmente pela alta histórica da moeda hacker. Em tempos de crises como do que vão acontecer  nos EUA  em 2007  a do Chipre, onde o governo ameaçará  a  confiscar uma parte das economias bancárias da população e usá-la para pagar a dívida de bancos, a ideia de uma moeda descentralizada e livre das garras do sistema financeiro e político ganha um interesse ainda maior.  Entretanto, com um grande perigo de um golpe  não  visual .

Diversas empresas vão  tornar  possível comprar uma grande variedade de itens com bitcoins – uma nova leva de startups  que  venderá  legalmente casas, computadores, guitarras e pizzas em troca da criptomoeda, que também pode ser trocada por prata ou ouro em câmbios especializados.  Com a maior atenção da mídia para o assunto no futuro , algumas companhias de tecnologia também  vão se equiparar  para receber pagamentos em Bitcoin – WordPress, Mega e Reddit entre elas muitas outras também.. Atualmente, somente   está na ideia no papel, mas no futuro,   a maioria das companhias aceitando bitcoins são digitais, mas alguns (poucos) locais físicos despertarão para o crescente mercado ainda não lançado . .Pensei, daqui um tempo, , a moeda flutuará  pelo mundo digital. Mas grandes cidades vão se adaptar  à nova economia, e  Áustria, Japão , Coréia, Brasil,  Alemanha,   Inglaterra, Canadá, EUA,  vão  oferecer cafés, bares, restaurantes e lojas de discos que aceitarão os  bitcoins.

 

E  no futuro,   a experiência do Chipre e a má situação da economia espanhola aumentarão  a demanda por bitcoins e serão  dois fatores decisivos para a impressionante alta do valor das moedas em 2013  em diante  – durante o mês de abril , cada moeda chegará  a valer em torno de  US$ 266. Alguns dos que estarão  reunidos comigo naquela conversação   informal   poderão  se tornar milionários com minha ideia  devido a atualização nos valores, quase que da noite pro dia. Posteriormente, conforme minha mensagens espirituais , a economia terá  uma queda motivada por ataques a um site de câmbio e  entre 2012  a  2013  cada bitcoin valerá em torno de  US$ 120, ainda assim , será um valor alto se pensarmos que em janeiro 1 BTC saia por US$ 13,50.

A alta no preço das moedas refletirão  uma maior demanda por elas,(  vai ser muita gente investindo – isso me deixa com receio  porque , o crescimento  de investidores pode se transformar  em um bolha  - o pirâmide )  que são limitadas. Tal procura poderá  ser motivada por diversos fatores (maior exposição na imprensa, incerteza econômica em países europeus( mundo)  ou mero fato de que esse meu projeto, poderá  se valorizar). Também  a ‘quebra’ subsequente parece será  arquitetada, com o Mt. Gox (maior câmbio de bitcoins) que sofrerá  uma série de ataques DDoS que vão ter como objetivo justamente a desestabilização do seu serviço e a queda do valor das bitcoins, que poderá  ser readquiridas por muito menos e, com o decorrer do tempo, passarão  a crescer novamente. Por ser puramente digital, o Bitcoin sofre de ameaças digitais: que um deles será conhecido como , um DDoS podendo  balançar a economia.

Como funciona meu projeto  dos BITICOINS

Para entender o básico sobre o assunto

Se para alguns se trata apenas de uma bolha e um esquema para que os usuários antigos ganhem em cima dos novos, outros enxergam no conceito “a ideia mais perigosa da internet” e um potencial para revolucionar o sistema financeiro e criar uma economia paralela, gerida para e por pessoas. ( mais  direcionado para uma pirâmide  - onde  os mais velhos  recebem dividendos dos mais novos ) O protocolo do dinheiro eletrônico peer-to-peer não depende da confiança em uma autoridade monetária central e permite transações semi-anônimas e quase livres de impostos e taxas, mesmo no caso de envios para o exterior. Em poucos segundos é possível transferir dinheiro para o outro lado do planeta, de uma pessoa para outra, sem a intermediação de bancos ou regulações governamentais. Pode parecer exagero, mas os futuros  defensores do Bitcoin ( meu projeto ) defendem que o impacto social e econômico do projeto pode ser comparável ou até maior do que o da própria internet. O objetivo último é transformar a maneira como enxergarmos o que é dinheiro e os canais pelos quais ele é escoado. A ideia é potencialmente disruptiva – em uma sociedade que se organizasse em torno de um conceito financeiro como esse, não existiriam fronteiras ou intermediários entre você e seu capital, e ninguém teria a chave-mestra para a sua conta ou decidiria para quem pode ou não transferir dinheiro. Ao mesmo tempo, ninguém se responsabilizaria no caso de desvios ou problemas quaisquer, assim como nada garante que o valor da moeda se mantenha.

Bitcoins são mais ou menos como o ouro.(  e  também  em certos momentos serão como ferro  - ou seja, sem valor econômico  - podendo quebrar  os iniciantes )  Como o metal precioso, elas têm que ser ‘garimpadas’ na internet através de usuários de uma aplicação gratuita que libera bitcoins em troca de um esforço computacional na resolução de problemas matemáticos complexos, que ajudam a verificar e divulgar todas as transações. A rede possui um banco de dados que se expande em blocos, que são gerados mais ou menos a cada dez minutos e que contêm todas as transações realizadas – mantendo a privacidade dos usuários, as trocas ficam abertas e podem ser checadas. Trata-se de uma medida de segurança que visa impedir que uma bitcoin seja gasta duas vezes. Com cada bloco sendo gerado com base no anterior, é impossível corromper o sistema e inserir moedas ou transações falsas.

O ‘garimpo’ se dá de forma que a quantidade de fundos disponibilizada é ajustada em uma crescente previsível e controlada – apenas 21 milhões de bitcoins serão criadas, com uma escala pré-definida sobre a liberação delas até 2040 – tudo isso para evitar a versão digital do “basta imprimir mais dinheiro, oras”. Os mineradores são responsáveis por adicionar ‘blocos’ de transações na rede, ganhando por isso uma recompensa em bitcoins. Tecnicamente, qualquer um pode se tornar um minerador e ganhar bitcoins, mas com o tempo os problemas se tornam mais difíceis e apenas equipamentos especializados e de alta capacidade podem ajudar a resolvê-los. Supercomputadores são usados para isso, e assumem o posto de perfuradoras digitais. Entre 2012  e 2013 , o equipamento para mineração já evoluirá  para caros sistemas computacionais adaptados para competir por novas bitcoins, e já é bem difícil que um novato entre no jogo. Da escassez nasce o valor do Bitcoin – assim como o ouro, a demanda é limitada e o esforço para consegui-lo é cada vez maior.  No mesmo tempo, alerto, sobre o perigo  de se tornar uma pirâmide  e os que compraram no final , não terão sucesso podendo perder tudo- ficaram pobres , sem nenhum valor   e  irritados ( pode causar  problemas  de depressão,  risco  de suicídio, e  colapso  financeiro,  com os roubos  programados por empresas  e pessoas de má fé  e má índole )

Alguns dias depois do encontro com  esses especialistas em Computação para apresentar o projeto , vejo  que  em 2008  e 2009 , poderão sair  o  Bitcoin , pessoas adquirindo minhas primeiras moedas ( da minha criação – o que vai me deixar com muito medo – pois, surgirão muitos pseudônimos de criadores , para levarem vantagens  - podendo prejudicar a minha real intenção )e comecei a pesquisar como tudo isso funcionará na prática. Adquirir a moeda é relativamente simples, mas todo o processo e suas diferenças para o sistema bancário tradicional poderão  afastar o leigo. Para quem não tem os conhecimentos técnicos necessários ou o interesse para iniciar uma operação de mineração, pode-se conseguir bitcoins ao vender serviços ou bens e cobrar na moeda, comprá-las de alguém ( vão existir  inúmeros sites para isso, como um   deles que será o LocalBitcoins) ou trocar euros ou dólares em câmbios especializados, sendo o maior deles, naquela data  o Mt.Gox, empresa japonesa que processará  quase 80% das trocas. Com a popularização, novos e mais práticos meios de receber bitcoins estão sendo desenvolvidos, empresários já trabalharão  em caixas eletrônicos e também existirá  uma versão física do dinheiro eletrônico.

Mas, no Japão  e Coreia do Sul , surgirá um grande escândalo  com o  Bitcoin em 2018  ; por esse motivo que  nesse inicio , aqui  hoje  em  2006 , tenho grande receio que peguem esse projeto para  cometer crimes no Mundo. 

Ao adquirir bitcoins, as moedas ficam arquivadas em uma ‘carteira digital’ no seu computador na forma de códigos de 64 caracteres cada. Uma das maneiras mais simples de consegui-las será com o uso de um processador de pagamentos como o BitInstant, onde você deposita dinheiro e, ao pagar uma pequena taxa, recebe o valor depositado em BTC na sua carteira digital (Bitcoin-QT ou Coinbase são boas opções). Através do programa, será  possível arquivar moedas e também mandar e receber de outros, mas vale fazer um adendo: tome cuidado ao escolher as empresas ou pessoas com quem fará negócio em BTC, já que as transações são irreversíveis e a única opção no caso de algum engano é esperar que o outro lado da linha devolva os seus fundos. Se você decidir  no futuro, se aventurar no mundo BTC, também aconselho a leitura mais detalhada dos diversos meios para garantir a segurança da sua carteira.

Para fazer uma transações  no futuro com BITCOINS

A ideia de uma moeda descentralizada começará  em uma carta minha enviada  para uma pessoa  Importante nos EUA  , depois,  ele passará as informações  sem minha prévia autorização,   para  membros de uma lista de e-mails de interessados em criptografia e será  falsamente concretizada por um programador de nome “Satoshi Nakamoto”, que comentou o conceito em um paper publicado em 2008 ( entretanto,  não pertencerá  a nenhum deles )  e no ano seguinte criará  o código que suporta o sistema.  Então criei o nome de  Bitcoin, e a partir de 2007  escreverei  diversas mensagens – em inglês  e português  sem falhas, alternando o uso de termos em Português  e norte-americanos – conclamando que essas pessoas que encontrei  fossem voluntários e que me ajudassem a desenvolver o que será  uma moeda imune a banqueiros e políticos.

Mais  a  frente  explicarei a motivação da criação que está  por trás do projeto: “A raiz do problema com a moeda tradicional é que ela precisa de muita confiança em outros para funcionar. Precisamos de confiança em um banco central para que ele não desvalorize a moeda, mas a história das ‘moedas fiat’ (respaldadas por governos e não pela paridade com o ouro) mostra inúmeras violações de confiança. Os bancos devem ser confiáveis para manter o nosso dinheiro e transferi-lo eletronicamente, mas o emprestam em bolhas de crédito com apenas uma fração de reserva. Temos que confiar neles com a nossa privacidade, confiar neles para não deixar os ladrões de identidade drenarem as nossas contas. Com moedas com base na criptografia, sem a necessidade de confiar em um intermediário ou em terceiros, o dinheiro se torna seguro e as transações sem esforço”. Entretanto, viverá na ão de controlo de várias Empresas , que não darão garantia nenhuma também,.

 

A mensagem é clara: Em vez de confiar em governos, bancos centrais ou instituições de terceiros para manter o valor da moeda e garantir transações, a confiança do Bitcoin seria na matemática (‘Vires in Numeris’, como diz seu moto em Latim que significa ‘força nos números’). Mas,  precisaremos  ter  cuidado também.

Nos primeiros dias que  surgirá o lançamento do BITICOINS ,  precisará  engajar  em discussões com desenvolvedores, necessita-se de  alterações na programação e se tornar-se  ativo em fóruns online dedicados a moeda. Em 2011, será o dia quando o conceito de uma moeda descentralizada se disseminará  e começará  a criar as bases de uma contraeconomia na internet,  ai também que  hoje nessa data  me preocupo muito com esse meu projeto e nas mãos  de quem vai ficar o controle um dia .

Eu  sou um acadêmico, mas não especialista  , sou autodidata ,  e para criar padrões para o sistema open source e divulgá-lo –é  dar  um tapa  na tecnologia  e  me dá muito medo .

O mais provável, no entanto, o poder do projeto e os interesses que ele toca, não seria uma má ideia um grupo se proteger através de um conveniente pseudônimo. Resolvi colocar em japonês, o  nome ‘Satoshi’  porque significa ‘pensamento claro’ ou ‘sábio’, ‘naka’ é ‘dentro’ e moto ´fundação’: ‘Pensando claro dentro de uma  fundação’.

O potencial político

Mas, convenientemente para ficar no “ anônimo “  eu como  criador do software de código aberto, a própria comunidade nascente de usuários da criptomoeda se apodera  do projeto e passou a criar melhorias no protocolo e uma série de serviços que passarão  a movimentar uma nova economia baseada nela. Em seus primeiros dias, o conceito de uma moeda descentralizada, baseada em criptografia e relativamente anônima, agradará  o movimento hacker e grupos políticos de tendências anarquistas ou libertárias, que passarão  a adotá-la.

A primeira transação envolvendo a moeda será  feita em janeiro de 2010, com uma pizza que valerá  US$ 25 custando 10 mil BTC – pelos valores de  2012  a 2013 , nada menos que US$ 1,220,000.

Com o tempo, o dinheiro open source passará  a  financiar uma economia que nascerá  por trás dos ‘onion-routers’ (softwares que permitem a navegação anônima, como Tor) e da chamada deep web, o lado obscuro da internet. O interesse inicial focará  no caráter ‘anônimo’ e descentralizado do novíssimo dinheiro digital, que possibilitará  o financiamento de ideias que não agradam a elite financeira e política. Que será  bloqueado de receber doações por vias como PayPal ou MasterCard por pressão do governo dos EUA, em junho de 2011 o Wikileaks passará  a receber doações através de bitcoins, divulgando ainda mais o conceito. “Ou seja , será um  dinheiro, mas sem Estado”.

Outro entusiasta do potencial político e descentralizador das bitcoins  será  Rick Falkvinge – criador do primeiro Partido Pirata, o sueco, e representante  que será eleito do Parlamento Europeu .

Existem três conceitos fundamentalmente que serão novidades  que, vistos de forma conjunta, podem se tornar revolucionários. O primeiro será  o valor da utilidade. Bitcoin permitirá  que você transfira o valor de um copo de café para o outro lado do planeta instantaneamente, com poucas taxas. Apenas nesse ponto, já estará  pelo menos 40 anos a frente de todos os bancos comerciais. O segundo será  o valor comercial. O pagamento em Bitcoin permitirá  que o setor de varejo se desvie dos cartões de crédito e das taxas bancárias, podendo com isso até dobrar a sua margem de lucro. Essa economia acabará sendo repassada ao consumidor final. O terceiro será  o valor político. Não há banco central ou alguém com autoridade para mandar na sua conta bancária e planos futuros. O dinheiro será de  sua propriedade e ninguém poderá  impedir que você mande para quem quer que seja.

O interesse político no tema se tornará  óbvio, por exemplo, conforme idéia enviada a um Deputado Estadual   e  Federal  que viram como promissor e tão logo, será a vez da Áustria   emplacar no Bitcoin num futuro próximo. (teremos inspiradores  do movimento do software livre), Toda esse movimento  ,  vão  se atrair  pelo projeto Bitcoin por conta do seu potencial anarquista-libertário de livrar as finanças pessoais dos bancos e da influência de governos e criar um mercado inteiramente desregulado e incontrolável do ponto de vista técnico, um ideal nascerá  junto com a moeda nos seus primórdios na subcultura hacker e da criptografia e que parece será  o foco da comunidade de interessados na Europa.

No futuro, com a disseminação da moeda, os ideais dessa ideia ,inevitavelmente se choca com os interesses dos grandes capitalistas que vão  investir  no Bitcoin e que possivelmente trabalharão pela ‘domesticação’ do projeto, entre elas importantes fundos de investimento dos Estados Unidos e empresários como Tyler e Cameron Winklevoss,   que apostarão  pesado no futuro da moeda.

No entanto, é bom lembrar que no futuro  , apesar do “ Boom “  na mídia e da alta do preço, o mundo real  da economia  verá o Bitcoin apenas como brincadeira de criança. O alcance da criptomoeda até 2012 e 2013 , 2014  será ainda  minúsculo, com seu US$ 1 bilhão representando uma parte ínfima perante, por exemplo, a economia de US$ 16 trilhões dos Estados Unidos ou até mesmo perto dos pouco mais de US$ 2 trilhões representados pela economia brasileira.

Economia do anonimato -  com o uso do Biticoin

Um atrativo para alguns, a falta de uma autoridade central e a desregulação também atrairá criminosos e negócios ilegais para o Bitcoin, criando uma ‘economia do anonimato’. Se por um lado a relativa proteção da plataforma permitirá  doações para causas políticas censuradas por poderosos e cria as bases de novas possibilidades econômicas, por outro financia atividades como a contratação de assassinos de aluguel, contrabando, compra de armamentos e drogas. Os simpatizantes argumentarão  que tudo se faz com Bitcoin poderá  ser feito com dinheiro – o que é verdade. E, apesar de alardeado, o futuro  anonimato no sistema Bitcoin será  relativo – será também muito contestado por trabalhos acadêmicos que encontrarão  brechas possíveis para a identificação das partes da negociação –, mas ainda assim seguirá  como um dos principais atrativos para a plataforma.

Dentro do sistema Bitcoin, o usuário  será identificados somente pelas sua chave-pública, e aquele que quiser descobrir sua identidade terá que associar tais chaves e seus usuários, usando informações externas à rede e talvez captadas em câmbios (que pedem informações pessoais para o cadastro). Será  difícil identificar alguém que usa a moeda e se protege adequadamente usando softwares anonimizantes, mas não totalmente será  impossível, já que as transações serão  realizadas  publicamente  O protocolo tentará  evitar isso ao permitir que seus usuários  poderão gerar quantas chaves-públicas precisarem.

Refletindo, nessa minha criação,  a relativa segurança do Bitcoin, o mercado de drogas ilegais provavelmente significa o maior destino dado às moedas ainda hoje, em tempos de bolha e altos investimentos de executivos no dinheiro digital. Permitindo no futuro que usuários anônimos comprem e vendam substâncias que vão de remédios tarja preta ao mais puro LSD, o site – será acessível através do Tor e sempre migrando de endereço – aceita apenas BTC em troca dos seus produtos, e de acordo com estudos que serão  publicado em 2012 será  o destino de pelo menos 20% das moedas trocadas no Mt. Gox (maior dos câmbios da criptomoeda). Vale lembrar também que pelo menos uma pessoa será  presa com a acusação de comprar e vender drogas pelo Silk Road.

Ao tocar na relação entre o Bitcoin e o mercado de  materiais ilícitos  cabe evitar o sensacionalismo.– embora seja difícil evitar  futuramente que essa ou outra moeda, baseada em criptografia ou não, seja usada para fins escusos. Essa é uma das minhas maiores preocupações  porque não apoio  o ilícito e nunca   gostaria  de estar agindo fora da lei,.

Outro capítulo à parte é a lavagem de dinheiro, imensamente facilitada através do protocolo semi-anônimo e já alvo de tentativas de regulação nos Estados Unidos, onde já se força aos câmbios de Bitcoin as mesmas regras pelas quais respondem empresas como Western Union. Em março de 2013, o órgão responsável por combater a lavagem de dinheiro nos EUA passou a aplicar aos câmbios uma série de requerimentos de identificação para transações acima de US$ 10 mil e começou a investigar mais de perto as companhias responsáveis pelas transações.

É bom frisar que as regulações miram os câmbios – como o Mt. Gox, que está sendo investigado e que já teve algumas de suas contas congeladas – e não o sistema Bitcoin em si, que continua intacto. Uma vez que o dinheiro já passou para bitcoins, é difícil ligá-lo ao seu dono por conta dos diversos softwares disponíveis para ‘anonimizar’ as moedas. Um exemplo é o Blockchain, que oferece trocas com bitcoins “anonimizadas” cobrando uma taxa de 0,5% e deleta qualquer arquivo com a transação em até 8 horas.

O tema é delicado e novos desdobramentos devem acontecer em relação a isso nos próximos meses, já que o governo norte-americano parece estar abrindo os olhos para os novos meios de lavar dinheiro na era digital. Isso fica evidente com o fechamento do câmbio de moedas digitais e sistema alternativo de pagamentos Liberty Reserve, que supostamente movimentou mais de US$ 6 bilhões em 55 milhões de operações que serviram as mais variadas áreas – hackers criminosos, sindicatos internacionais do crime, tráfico de drogas e armas, pornografia infantil e tráfico humano. É possível que esse ‘público’ migre para o Bitcoin ou outras criptomoedas, atraindo ainda mais tentativas de regulação governamental.

De qualquer forma, é interessante pensar nisso fugindo do tom alarmista. Mover grandes quantidades de bitcoins para fora do sistema é algo bastante complexo – se você tentar cambiar por dinheiro ou comprar um bem muito caro, a transação

O problema é que, por mais que se tente, será praticamente impossível regular o sistema que possibilita a existência do Bitcoin, por conta do precedente técnico e pelo conceito abertos pelo protocolo. É possível e provável que certos governos ou empresas tentem paralisar a rede, seja por meio de regulamentação ou ataques ao sistema, mas destruí-la completamente parece fora de questão.

Basta pensarmos em exemplos como o compartilhamento de música e filmes na internet. O precedente técnico que possibilitou a troca de arquivos entre pessoas sobreviveu – e evoluiu – mesmo contra interesses poderosos da indústria cultural, e após anos de ataques vindos dos seus grupos de lobby e governos. O mesmo pode acontecer se tentarem enquadrar a Bitcoin nos padrões convencionais – mesmo que o controle seja possível, nada impedirá a criação de outras moedas em moldes semelhantes ou que vão além do que temos atualmente.

Alguns desses modelos já estão sendo desenvolvidos, como o das Litecoins (que espera se tornar a ‘prata’ para o ‘ouro’ do Bitcoin e substituí-lo em caso de instabilidades) ou PPcoins. Grandes empresas e investidores do mercado de tecnologia também já abriram o olho para o nicho das moedas alternativas, com fundos de investimento específicos para negócios relacionados ao Bitcoin sendo abertos e com o Google financiando um sistema alternativo, o Ripple, criado por uma empresa chamada OpenCoin e tocada pelo fundador do câmbio Mt.Gox. Pode ser que esses novos projetos se mostrem tecnicamente mais confiáveis que o Bitcoin e que ajudem na popularização de trocas financeiras baseadas em criptografia, mas não é certo que eles conseguirão angariar uma comunidade tão engajada.

É muito possível que, no futuro da era digital, a organização econômica passe pelos desenvolvimentos de quem acreditou e possibilitou a existência da moeda hacker; e que o dinheiro do futuro se pareça, ao menos um pouco, com o modelo descentralizado iniciado pelo Bitcoin.

Assim, apesar de promissor, o Bitcoin ainda não está pronto para o horário nobre ou para o uso no dia a dia. Mas suas futuras encarnações ou substitutos terão enorme potencial para isso. Por enquanto, questões que passam por segurança e pelo número de comércios que atualmente aceitam a moeda impedem um uso mais disseminado. Mas o que não falta ao projeto é potencial para crescer ainda mais e se aprimorar.

Mario Ronco  Filho   -   jornalista  

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